Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), lideram as pesquisas de intenção de votos e devem polarizar novamente as disputas pelo Palácio do Planalto nas eleições de outubro. Diante desse cenário, os postulantes aos governos estaduais devem seguir a tendência a rivalizar palanques em 14 unidades federativas.
O levantamento é do Estadão. De acordo com o jornal, o número ainda deve aumentar nas próximas semanas com novos apoios, que já representam 72,4% do eleitorado brasileiro. No levantamento, em oito estados, incluindo a Paraíba, lulistas e bolsonaristas disputam as três primeiras colocações nas pesquisas.
De acordo com a pesquisa do Estadão, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia – primeiro, terceiro e quarto maiores colégios eleitorais do País – já anteciparam o confronto e consolidaram pré-candidaturas dos dois lados. Já os eleitores de Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Piauí, Sergipe e Espírito Santo devem encontrar um cenário parecido nas urnas, com candidatos do PT e do PL se apresentando na disputa. A dobradinha entre os presidenciáveis e os postulantes aos governos estaduais também é dada como certa no Paraná, em Pernambuco, na Paraíba, no Maranhão e em Minas Gerais.
Disputa de palanques
Além da polarização Lula e Bolsonaro, o PT da Paraíba vai precisar resolver um conflito com uma sigla de sua base aliada, o MDB. É que o partido de Lula conta com o apoio anunciado do atual governador João Azevêdo (PSB), que lidera nas pesquisas. Porém, por outro lado, o líder do MDB no estado, o senador Veneziano Vital, não abre mão da candidatura ao estado. Ele, aliás, firmou aliança com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que tenta reverter sua inelegibilidade no TSE para compor a chapa do emedebista ocupando a vaga de candidato ao Senado Federal.
O acirramento dos ânimos acontece também em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, com mais de 32 milhões de eleitores. No estado, Bolsonaro lançou o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, que acertou sua filiação ao Republicanos. O PL já anunciou apoio ao ex-ministro, que ocupa a terceira posição nas pesquisas no Estado. Por outro lado, o PT ainda não definiu se manterá a candidatura de Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas até o momento, ou se apoiará Marcio França (PSB), pré-candidatura que o presidente nacional da legenda socialista, Carlos Siqueira, não quer abrir mão. Vale lembrar que PT e PSB estudam federações. Em caso de aliança, os partidos terão que encontrar um denominador comum e lançar apenas um nome ao estado.
Estadão
