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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Empresários paraibanos se contrapõem à ‘PEC 6×1’ e apontam “riscos” ao setor

Empresários de João Pessoa apontam preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) que propõe o fim da jornada de trabalho 6×1 no Brasil e sugere uma jornada 4×3, com quatro dias de trabalho e três de folga. Até agora, quatro deputados paraibanos assinaram para que o texto passe a ser tramitado, são eles: Ruy Carneiro (Podemos), Damião Feliciano (União), Luiz Couto (PT) e Gervásio Maia (PSB).

Para o presidente da Confederação de Dirigentes Lojistas de João Pessoa, Nivaldo Vilar, caso a PEC seja aprovada da maneira que está, as empresas terão consequências econômicas, inclusive com demissões.

“Nossa posição, em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, é no momento contrário. Não que a gente não queira discutir o assunto, a gente quer discutir. Vamos estar discutindo. Mas, vemos com preocupação. Isso vai ter um custo. Representamos micro e pequenas empresas que sustentam empregos. Isso vai impactar muito nesse setor. Tudo tem que ser discutido”, disse Vilar à Rede Mais.

Para o presidente, caso a PEC seja aprovada da forma como está, empregos poderão ser afetados e empresas fechadas. Na visão de Nivaldo, essa também é uma oportunidade para que o Congresso discuta o alto custo da carga de impostos e trabalho.

“No momento a gente é contrário [à PEC]. Estamos numa situação complicada no país. Com essa questão depois da pandemia, muitas empresas fecharam e muitas estão sofrendo a consequência da pandemia. Vai haver uma discussão muito forte [no Congresso]. Eu acho que é uma oportunidade de tanto o trabalhador, quanto o empresário, discutir e modernizar o sistema de trabalho no país”, sugere.

Veja a nota divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) manifesta sua posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP), que propõe o fim da carga

Para a CNDL, principal representante do setor de comércio e serviços do país, a proposta coloca em risco a manutenção de milhares de micro e pequenas empresas do país, uma vez que a redução da jornada de trabalho sem a redução dos salários impacta diretamente nos custos operacionais dos negócios.

A CNDL destaca que atua pela valorização dos trabalhadores do país e pelo bem-estar das famílias brasileiras, sobretudo no que diz respeito à geração de emprego e renda. Para a CNDL, a PEC trará grandes prejuízos para a estabilidade das empresas, e trará impactos negativos no horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, que já encontram dificuldades para encontrar mão de obra para ocupar as vagas em horários alternativos. Além disso, os trabalhadores sofrerão com o aumento da informalidade, com a redução de salário e do custo de vida.

A CNDL reforça o seu compromisso com o setor produtivo e com a geração de empregos no país e conclama o Congresso Nacional para que se promova um amplo debate em busca de alternativas que priorizem o desenvolvimento econômico, o ambiente de negócios e da renda da população brasileira.

A CNDL alerta que tal alteração significa uma mudança de paradigma estrutural no país, uma vez que a redução da carga de trabalho é promovida com base em modelos europeus e norte-americanos, que não refletem a realidade brasileira, onde o custo do emprego e os encargos trabalhistas são altos.


wallisonbezerra.maispb

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