Ágatha e Bárbara fizeram o “impossível” ao eliminarem a tricampeã olímpica Kerri Walsh na semifinal do vôlei de praia. Na decisão, porém, não puderam repetir a façanha. Contra um vento muito forte e uma dupla alemã inspirada, as brasileiras não repetiram a atuação do dia anterior e caíram por 2 sets a 0, parciais de 21/18 e 21/14, diante de Ludwig e Walkenhorst, terminando o torneio com a prata.
O jejum de títulos no esporte que tem o país como coautor, porém, persiste. Desde 1996, quando a modalidade estreou nos Jogos Olímpicos de Atlanta, o Brasil não sobe no lugar mais alto das Olimpíadas no feminino. Depois do ouro de Jackie Silva e Sandra Pires, o país já teve duas pratas com Adriana Behar e Shelda, mas nunca conseguiu retomar o domínio sobre o esporte.
Nesta quarta, diga-se, a conquista nunca esteve muito próxima. O vento que bateu forte na arena de Copacabana minutos antes da final começar afetou muito o jogo, e as brasileiras nitidamente sofreram mais que as rivais para se adaptarem. Enquanto Ludwig recebia e passava sem se afetar pelo vento, Agatha e Barbara sofriam para passar e atacar.
No primeiro set, a disputa foi decidida quando as alemãs abriram três pontos de vantagem. A deixadinha do ataque brasileiro não funcionava, o saque passou a ser forçado demais e Agatha não estava conseguindo resolver no bloqueio. As alemãs, com alguma tranquilidade, venceram por 21/18.
A derrota parcial mexeu com as brasileiras, que passaram a arriscar mais e mais. Foram, ao todo, mais de dez erros de Agatha e Barbara na partida, quantidade que acabou por decidir o placar. Com ainda mais folga que no primeiro set, Ludwig e Walkenhorst fecharam o segundo set por 21/14.
A prata deixa o Brasil com 12 medalhas na Rio-2016. Com poucos dias de competição, o país precisaria de uma arrancada inesperada para chegar ao top 10 no número de medalhas, meta imposta pelo COB antes dos Jogos. Hoje, a última no clube seleto é a Coreia do Sul, com 16.
Uol