Margarida Maria Alves é símbolo de luta e resistência. Mulher paraibana, foi uma das primeiras líderes sindicais do país, presidiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, onde atuou por 12 anos e brigou como só uma mulher sabe para que os trabalhadores ruais tivessem seus direitos respeitados, como carteira de trabalho assinada, férias, 13º salário e jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Há 37 anos, no dia 12 de agosto de 1983, um tiro de escopeta calibre 12 pôs fim à vida dessa mulher arretada. Ela foi alvejada no rosto, em frente a sua casa e na presença do esposo e do filho e até hoje nenhum acusado foi condenado pelo crime. Ceifaram a vida de Margarida, mas a força de sua voz ecoa até hoje, já que a sindicalista é lembrada por sua luta, garra, pela defesa dos direitos humanos e deu nome à já famosa Marcha das Margaridas, maior ação conjunta de mulheres de toda a América Latina.
O patriarcado e os fazendeiros deram fim à vida de Margarida porquê ela os incomodou com sua luta por direitos, com a ajuda dos próprios trabalhadores que levavam suas mazelas ao seu conhecimento. Margarida incomodou, mas nem a bala que cravaram em seu rosto a parou, seus assassinos não contavam com sua capacidade de mudar o mundo mesmo depois de morta. Margarida, presente!
Em seu discurso na comemoração do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 1983, Margarida Maria Alves denunciou que vinha recebendo ameaças de morte e disse sua frase mais famosa: ‘É melhor morrer na luta do que morrer de fome’. No dia seguinte, ela foi assassinada, mas deixou um importante legado que resultou em uma série de conquistas para os trabalhadores do campo.
A líder sindical se transformou em símbolo de resistência e luta contra a violência no campo, pela reforma agrária e fim da exploração dos trabalhadores rurais. Quando Margarida foi assassinada, 72 ações trabalhistas estavam sendo movidas contra os fazendeiros locais.
MENSAGEM - MARGARIDA MARIA ALVES - 37 Anos de Muita Saudade !!!
Minha querida Mãe, Mulher Guerreira e Corajosa. Ao longo destes anos, a lacuna da dor de sua ausência se transformou numa Boa Saudade.
Tenho ORGULHO de VC, sua LUTA será sempre Exemplo pra mim. Guardarei na minha memória e coração a MÃE maravilhosa que foste.
Não somente Alagoa Grande mas toda a Nação Trabalhadora Brasileira sente saudades de Margarida, mas suas idéias permanecem vivas na mente de todos que lutam por uma Sociedade com mais Cidadania e Direitos Humanos.
GRATIDÃO a todo@s que mantém esta Memória Viva de MARGARIDA !!!
"DA LUTA EU NÃO FUJO"
José de Arimateia Alves - Filho Único