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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

12 DE AGOSTO: 38 anos da mortede Margarida Maria Alves

Para nós mulheres do campo, da floresta e das águas, o mês de agosto é um mês muito simbólico. É um mês em que se reafirma a resistência das mulheres, na lembrança do dia 12 de agosto de 1983, onde há 38 anos foi assassinada covardemente a líder sindical Margarida Maria Alves, a mando de grandes latifundiários de Alagoa Grande-PB, porque lutava em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Margarida foi ceifada porque para ela: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.

Nossa líder sindical permanece viva na Marcha das Margaridas que desde o ano 2000 nos permite olhar para nossa agenda política de conquistas e de novos desafios quanto a nossa participação política; fim da violência sexista; acesso à terra e valorização da agroecologia; garantia de alimentos com qualidade; educação; saúde; autonomia econômica, de trabalho e de renda; entre outros pontos da nossa pauta.

Olhar para o mês de agosto, sobretudo, deste ano de 2017, significa termos em nós mulheres a ousadia de Margarida. De não nos calarmos mesmo diante deste do atual cenário extremamente difícil e desafiador.

Um modelo machista que se evidenciou ainda nas primeiras horas do atual governo, com a imagem e a nomeação dos novos ministros empossados pelo golpista. TODOS HOMENS e BRANCOS! O recado é simples: MULHER NÃO PODE. 

A serviço do golpe patriarcal, do capital e do imperialismo, recentemente parte do Congresso Nacional em conchavo com o governo, deu mais um golpe nas mulheres e no Brasil, com a rejeição da denúncia contra o “presidente Temer” por corrupção passiva.

A permanência desse governo significa para nós a continuação do desmonte dos direitos trabalhista e previdenciário; do congelamento por vinte anos dos investimentos públicos sociais; o aumento da violência no campo; entre outras perdas que prejudicam, sobretudo, nós mulheres.   

Mesmo diante de todo esse cenário de retirada dos nossos direitos e do preconceito estabelecido no Brasil, somos desafiadas a olhar e refletir permanentemente sobre ousadia de Margarida, que não se calou diante dos latifundiários e nos deixou um legado de resistência, fazendo brotar e se espalhar suas sementes de luta, igualdade de gênero, justiça social, autonomia e liberdade.

DOCUMENTÁRIO: “Nos caminhos de Margarida”

Para saber mais da história da líder sindical Margarida Alves, assista e baixe o documentário “Nos caminhos de Margarida”. O vídeo produzido pela CONTAG, conta através de depoimentos e imagens, a luta e resistência da heroína paraibana.

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