Foi assinado nesta segunda-feira (3), em João Pessoa, o termo de cooperação técnica entre o Governo da Paraíba, Tribunal da Justiça da Paraíba e Fundação Parque Tecnológico para implantação do programa “Antes que Aconteça”, idealizado pela senadora Daniella Ribeiro para prevenir casos de violência contra as mulheres.
Idealizadora do programa, a senadora Daniella Ribeiro (PSD) explicou que o plano de trabalho será entregue até o dia 6 de julho, porém, os recursos para execução já estão garantidos.
“Tudo isso vai acontecer antes do dia 6 de julho, até por força da legislação eleitoral, com atividades que fortalecerão essa rede da mulher”, pontuou Daniella.
O orçamento inicial do programa é de R$ 315 milhões e prevê ações efetivas de combate à violência contra a mulher.
O governador João Azevêdo apresentou dados e afirmou que na Paraíba o número de feminicídios sofreu redução de 43% no comparativo entre este ano e o ano passado.
“Nós queremos mais e esse projeto vem nessa direção. Vem associar tecnologia, tudo que a gente puder disponibilizar para essas mulheres que estão em medida protetiva para que a gente possa mudar, principalmente, a cultura do nosso povo, a mentalidade machista que existe, para reduzir de forma significativa a misoginia que infelizmente ainda existe no Brasil e que muitos homens se acham proprietários das mulheres”, disse o governador.
Azevêdo ressaltou que esse processo passa pela educação, mas também pela punição. “Esperamos que brevemente a gente nem precise mais ter projetos como esse, mas enquanto houve necessidade… Parabenizar a senadora Daniella Ribeiro por esse trabalho que será implantado na Paraíba de forma pioneira”, afirmou João.
Por sua vez, a secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, avaliou que o programa traz o olhar da União, garantindo recursos dentro do orçamento para criação de políticas de enfrentamento à violência contra mulher. Uma das ações do programa é a criação de sala lilás em delegacias não especializadas, onde as mulheres vítimas de violência podem se sentir acolhidas ao prestar depoimento.
“Hoje um dos grandes problemas é o baixo índice de denúncias. Lembrando que o feminicídio é o ápice da violência, mas antes ocorrem outras violências, até se chegar ao limite, que é o feminicídio. À medida que as mulheres ficam mais estimuladas a fazer a denúncia, nós vamos ter uma ampliação nas denúncias”, considerou Lídia Moura.
O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador João Benedito, pontuou que o termo de cooperação busca uma defesa antecipada da mulher, “antes que o mal aconteça” e se disse honrado em assinar o termo, que é mais uma ferramenta em defesa da mulher.
O “Antes que Aconteça” prevê também campanha educativa nas escolas, cursos de defesa pessoal voltado para as mulheres, monitoramento eletrônico com tecnologia de ponta, e, também, a autonomia da mulher por meio do empreendedorismo feminino, dentre outras medidas.
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