Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com o Instituto Butantan, Universidade de São Paulo e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), desenvolveram um composto anticancerígeno e antileucêmico sintético batizado de A398. O composto causa menos efeitos colaterais que os fármacos usados atualmente, e pode significar a cura para pacientes com neoplasias.
Em entrevista ao Jornal A União divulgada nesta quinta-feira (22), o professor Demetrius Araújo, do Centro de Biotecnologia (CBiotec) da UFPB, responsável pela pesquisa, explicou os detalhes. "Com certeza, o resultado alcançado pela pesquisa é uma esperança de cura para os pacientes que têm câncer, mas só poderemos confirmar a eficácia e segurança do composto em humanos quando realizarmos os estudos da Fase Clínica I, com a devida autorização competente".
"Em estudos com modelos de animais o composto foi administrado pela via oral e intraperitoneal com resultados satisfatórios e redução do tumor", acrescentou.
Ainda não há como confirmar se o A398 funciona em todos os tipos de câncer. "Os nossos resultados mostraram que o composto A398 provocou a morte das linhagens cancerígenas humanas tais como nas células de câncer de mama, de cólon e em várias linhagens de leucemia humana, notadamente na leucemia pró-mielocítica aguda", disse.
A maior eficácia do anticangerígeno foi observada pelos pesquisadores em linhagens leucêmicas humanas.
"Tem sido relatado que existem 12 tipos de leucemias, que é uma doença maligna dos glóbulos brancos, apresentando como característica principal o acúmulo dessas células cancerígenas na medula óssea. Nosso estudo também tem mostrado uma ação eficaz do composto A398 na redução de alguns dos tipos de células leucêmicas, sem afetar expressivamente as células normais de monócitos do sangue periférico humano", destacou o pesquisador.
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