Em Alagoa Grande, a rotina das chamadas mães atípicas (aquelas que cuidam de crianças com deficiência ou necessidades especiais), é marcada por desafios constantes e, muitas vezes, por desgastes emocionais que vão além dos cuidados diários. Entre terapias, consultas médicas e deslocamentos para escolas especializadas, um problema recorrente tem gerado preocupação: a dificuldade de acesso a transporte público adaptado.
Para muitas famílias, o transporte coletivo convencional não é uma alternativa viável. A falta de acessibilidade adequada, o risco à segurança e a necessidade de equipamentos especiais, como cadeiras de rodas, tornam o deslocamento um verdadeiro obstáculo.
Nesse cenário, o carro público da prefeitura, que deveria ser um apoio essencial para garantir a locomoção dessas crianças, nem sempre atende à demanda. A falta de veículos adaptados, atrasos e a ausência de regularidade no serviço têm levado mães a viverem sob constante estresse para assegurar que seus filhos não percam compromissos médicos ou terapias fundamentais.
A garantia de um transporte seguro, adaptado e gratuito não é apenas uma questão de comodidade, mas um direito previsto em lei. Sem esse suporte, o desenvolvimento e a inclusão social dessas crianças ficam comprometidos.
O apelo dessas mães é claro: que o transporte adaptado deixe de ser uma promessa e se torne uma realidade diária, assegurando dignidade, respeito e oportunidades iguais para todas as famílias de Alagoa Grande.
FONTE: brejonews.com.br