Professores das principais instituições públicas de ensino superior da Paraíba — UFPB, UFCG, IFPB e UEPB — iniciaram, nesta quarta-feira (10), uma paralisação de 48 horas em protesto contra a Reforma Administrativa proposta pelo Governo Federal. O movimento, que também ocorre em outros estados, denuncia o desmonte dos serviços públicos e cobra o cumprimento de acordos firmados durante greves anteriores.
A mobilização atinge diversos municípios paraibanos, como João Pessoa, Campina Grande, Patos, Areia, Santa Luzia, Soledade, Itabaiana, Esperança e Pedras de Fogo. Além da oposição à Reforma, os docentes também protestam contra cortes orçamentários e defendem a autonomia universitária e o cumprimento de direitos trabalhistas, como progressões salariais e pagamentos retroativos.
Em João Pessoa, a agenda incluiu uma roda de conversa no Campus I da UFPB e uma mesa de discussão no IFPB com representantes do Sintesp-PB e da Adufpb. Em Campina Grande, a Aduepb também promove atividades de mobilização junto aos docentes da UEPB.
A paralisação integra a jornada nacional de lutas convocada pelo Fórum Nacional dos Servidores Federais (Fonasefe), que agendou para os dias 10 e 11 de setembro manifestações em todo o país. Uma nova rodada de mobilizações está prevista para ocorrer entre os dias 22 e 26 de setembro, em Brasília.
Uma nova assembleia-geral está marcada para o dia 16, quando as entidades sindicais irão avaliar o impacto da mobilização e deliberar sobre a possibilidade de deflagração de uma greve por tempo indeterminado.
O movimento reforça que a luta é em defesa da educação pública, da valorização dos servidores e da manutenção de um Estado que atenda aos interesses da população.