O presidente Michel Temer (PMDB), durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, fez balanço de um ano do governo ao lado do presidente da Câmara dos Deputados deputado Rodrigo Maia (DEM) e do presidente em exercício do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB). Cássio comemorou o primeiro ano de governo de Michel Temer, louvando o fato de não ser um governo populista.
"Definitivamente, este não é um governo populista", disse, afirmando que é um governo de ousadia, coragem e responsabilidade, de compromisso com o futuro do Brasil, afirmou, acrescentando que os adversários do governo, inclusive no Congresso Nacional, fazem "terrorismo" contra os mais pobres. "São os mesmos que na época de eleição amedrontam os mais pobres dizendo que o Bolsa Família vai acabar", disse.
Cássio destacou, entre as "iniciativas" do governo de Michel Temer, a transposição do rio São Francisco, ressaltando a importância da obra para Campina Grande.
Em seu balanço, o presidente destacou que encontrou um rombo nas contas públicas quando assumiu e disse que com Dilma à frente do governo, faltava entrosamento entre o Executivo e o Legislativo. Entre os seus grandes feitos, Temer cita o estabelecimento do teto dos gastos públicos, investimentos de quase R$ 1 bilhão no sistema prisional e a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS. "Ao todo, serão liberados mais de R$ 40 bilhões", disse, assegurando que esses recursos estão entrando na economia do país.
Na educação, Temer disse que aumentou o número de vagas no Fies, e na agricultura, as dívidas dos produtores rurais foram renegociadas, beneficiando cerca de um milhão de pessoas. "Cortamos os gastos públicos sem sacrificar em nada a área social, protegendo naturalmente quem mais precisa", assegurou Temer.
O ministro Henrique Meirelles, Fazenda, afirma que a recessão já passou, apesar do desemprego: "O Brasil já voltou a crescer, estamos vivendo os efeitos da recessão", disse o ministro da Fazenda. Ele afirma que o governo de Temer encontrou um país que viveu a maior recessão da história, maior que a depressão de 1930 a 1931, e vive um momento de "transformação".
Quando às reformas que tramitam no Congresso, Temer afirmou que o programa de reformas nasceu antes do seu governo, com o documento "Uma Ponte para o Futuro", com conteúdo programático para o Brasil. Segundo Temer, antes de ele assumir, não havia diálogo entre Executivo e Legislativo, e pediu pacificação para aprovação das reformas, como a trabalhista e a da Previdência, que ainda precisa passar pela Câmara.
“A tarefa mais importante nos próximos dias é salvar a Previdência. Já avançamos muito com base no diálogo. Não tenho dúvida que vamos conseguir aprovar para garantir a aposentadoria dos mais necessitados”, disse.
